26/03/2012 - Segunda-feira, 10:39
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Logo após nosso último comentário sobre a expectativa dos rio-branquenses para ver o filme que conta a vida do cineasta Geraldo Santos Pereira, o produtor Erick Leite, da Café Pingado Filmes disse que “vocês vão ser os primeiros a saber. Faremos o lançamento aí na sua cidade ainda neste primeiro semestre”.
A notícia teve tanto impacto no nosso meio cultural, que várias pessoas admiradoras de artes e de cinema, especificamente, se manifestaram através das redes sociais grande interesse em saber quando e onde haverá a “avant premiere”, anunciada e tão esperada.
José Luiz Lopes Gomes, que hospedou a família de Geraldo Santos Pereira durante uma semana em 2005, e preparou um esquema para exibir o filme “O Aleijadinho”, disse que o ideal seria uma exibição ao ar livre, no Jardim da Praça 28 de Setembro, com as luzes públicas daquele trecho desligadas. E que haja entendimento com as Secretarias de Turismo e da Cultura do Município, para ser interditada a pista paralela ao balaústre. E que sejam espalhadas cadeiras no espaço destinado aos expectadores. E que se instale um telão no ângulo do jardim mais próximo do prédio histórico do Cine Brasil.
José Luiz acha que ver a pré-estréia da produção que conta a vida do grande cineasta rio-branquense, cidadão do mundo, tendo ao fundo a fachada do nosso antigo cinema, incrementa na mente do público a importância do personagem tema, aliada à necessidade de se voltar a ter uma casa de espetáculos como foi o Cinema Brasil. Lembra, na oportunidade, que além de exibir filmes diariamente, aquela casa tinha ribalta e servia para apresentação de artistas de renome do teatro e do rádio. Ali se apresentaram Bibi Ferreira e seu pai Procópio; os cantores Nélson Gonçalves, Bil Farr, Marlene; o famoso compositor Adelino Moreira e tantos outros que marcaram época no Brasil.
Dona Theresinha de Almeida Pinto, Diretora do Museu Municipal, disse que esta é uma ótima idéia que merece o apoio de todos.
- José Luis, sendo o cineasta José Geraldo um conterrâneo nosso, porque não fazer o lançamento do filme aqui? E, já que não temos cinema, improvisaríamos uma tela em praça pública. Seria ideal!
- Dona Therezinha, essa é a grande ideia, pensamos que a Senhora, junto ao Museu Municipal e as Secretárias de Cultura e de Turismo municipal, poderiam tornar o evento oficial do Município, o que seria de grande importância, pois exporia a nossa cidade à mídia nacional e internacional, devido a projeção dos irmãos Geraldo e Renato, cineastas e rio-branquenses.
Carolina Pinto Salles Dias(UFJF):
- Uma idéia e tanto, quero estar aí pra ver!! E, aproveitando, acho que todos nós rio-branquenses devemos lutar para a volta de uma sala de cinema! Cinema é cultura, gente !!! Que saudade do cinema BRASIL. Foi lá que brotou em mim o amor pelo cinema!!
Erick Leite, quando viu a matéria, assim manifestou-se:
- Que maravilha! adorei a matéria... que lindo!!! Quando o filme ficar pronto vocês vão ficar sabendo primeiro! Aguardem, até o fim do semestre lançaremos!
Ana Flávia disse:
- Linda matéria. Obrigada sempre pelo apoio e delicadeza!
A equipe que deu suporte a Geraldo, sua esposa dona Elza, e sua filha Laurinha, para sua permanência de uma semana na cidade, ir a Guidoval visitar o Monumento a Guido Marlière, fazer contato com os prefeitos de Guidoval, Ubá e Visconde do Rio Branco, na sua tentativa de produzir um curta-metragem sobre a vida do militar francês na sua missão de pacificar os índios do Presídio, não tem condições financeiras de patrocinar a vinda dos produtores deste filme sobre Geraldo.
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Geraldo Fala com o João Antônio de Souza - Prefeito de Visc. do Rio Branco
Geraldo fala com o Dirceu Gomes - Prefeito de Ubá
É uma honra para nossa cidade e um gesto de reconhecimento que o filme seja lançado aqui na sua terra natal, embora poucos saibam quem é o ilustre cineasta que produziu o primeiro filme a cores no Brasil – “Rebelião de Vila Rica”.
Geraldo, um intelectual escritor, cineasta, cidadão do mundo, filho de Visconde do Rio Branco, onde é pouco conhecido e reconhecido.
Sua vasta obra aborda o Barroco Mineiro e a nossa história. Mostra o lado humano de Antônio Francisco Lisboa(1738/ 1814), o Aleijadinho, considerado o Michelangelo dos Trópicos, com suas obras imortais, a exemplo dos 12 profetas erguidos no adro do Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas do Campo.
Geraldo trabalhou em parceria com seu irmão gêmeo Renato(falecido em 1999). Mesmo assim, prosseguiu no trabalho que era dos dois. Fizeram obras de qualidade cultural, acima de pretensões comerciais. E muito realizou depois de perder o irmão. Tinha planos de continuidade e energia para escrever, dar palestras e mostrar seu trabalho como quem faz algo de que gosta pelo prazer de fazer.
No entanto, o mal de Alzaimer interrompeu seus planos e suas atividades. Hoje, jovens de talento e valor – componentes da Café Pingado Filmes - usam suas energias para tocar adiante os ideais de Geraldo que sonhou e trabalhou enquanto pôde, sem se abalar com a indiferença de um mundo medíocre e mercantilista.
Vamos sonhar, como Geraldo, que Visconde do Rio Branco, nesta ocasião, revele uma grandeza de espírito até aqui encoberta por nuvens de indiferença. Geraldo merece!
§ (Franklin Netto – franklin_netto@hotmail.com)
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