01/05/2012 - Terça-feira
(Enviada por Paulo Timm(Torres-RS)
Imagem: vejaabril.com.br
ENTENDA MELHOR A POLEMICA EM TORNO DA COBRANÇA DE $ 170 MIL POR
GABRIEL PENSADOR PARA PATROCINAR FEIRA DO LIVRO DE BENTO
O FATO - CARTA ABERTA DE CARPINEJAR PUBLICADA NA ZERO HORA
Cachê polêmico a Gabriel O Pensador22/04/2012 | 18h46
Fabrício Carpinejar cancela participação na Feira do Livro de Bento
Escritor protesta contra cachê de R$ 170 mil pago ao rapper Gabriel o
Pensador, patrono desta edição do evento
Comentar7CorrigirImprimirDiminuir fonteAumentar fonte
Fabrício Carpinejar estava na lista de convidados da Feira do Livro de Bento
Foto: Divulgação / ZH
O escritor Fabrício Carpinejar escreveu neste domingo carta aberta à
Coordenação da Feira do Livro de Bento Gonçalves cancelando sua
participação no evento. A razão está na polêmica que teve início com a
divulgação do cachê de R$ 170 mil pago ao patrono deste ano, o rapper
Gabriel o Pensador.
Veja a íntegra da carta:
Querida Coordenação da Feira:
estou cancelando minha participação na 27ª Feira do Livro de Bento
Gonçalves. Lamento fazer isso por todo amor que guardo pelos leitores
da cidade.
É meu protesto pelo cachê absolutamente excessivo de R$ 170 mil
destinado a Gabriel O Pensador. O artista (que eu admiro) não tem
culpa de pedir o valor, porém a Prefeitura tem inteira
responsabilidade de acatá-lo e não informá-lo da real capacidade
cultural do município. O anúncio de pagamento ao músico é uma afronta
às vésperas de pleito eleitoral.
Literatura não deve ser feita para atrair público, e sim para formar público.
Feira do Livro não é uma Oktoberfest, uma Fenavinho, uma plataforma
popular de shows musicais e apresentações midiáticas. Feira é
intensificar leituras em escolas e universidades ao longo do ano para
propiciar debates e mesa-redondas com escritores durante uma semana.
Uma receita simples e imbatível: ler e comentar, ler e discutir, ler e
produzir idéias coletivamente e transformar o pensamento.
O escândalo ? trazer grandes nomes com dinheiro público a preços
estratosféricos ? é sempre a forma mais rápida de projeção nacional.
A literatura é o modo mais lento, entretanto, com efeitos definitivos
e perenes.
Quantas bibliotecas poderiam ser construídas com esse cachê? Quantas
feiras poderiam ser realizadas com esse cachê?
Pense, querida coordenação, que o cachê é o equivalente a uma primeira
parcela para fazer a Escola Municipal Infantil Paulo Freire, que acaba
de ser inaugurada no Loteamento Panorâmico, no bairro São Roque, em
Bento Gonçalves, para atender 240 crianças em turno integral.
Nas conversas telefônicas com a produção da Feira, aceitamos um valor
padrão de R$ 1.000,00 (um mil reais), devido à alegação de que não
haveria exceção, de que se tratava de uma regra extensiva aos demais
participantes. A organização lamentou que não teria condições de
exceder determinada quantia por limitação de orçamento. Vejo,
infelizmente, que a Feira estava economizando com os autores gaúchos
para pagar uma atração nacional.
Cuidado, a ilusão custa mais caro do que o sonho.
Grato, abraço, Fabrício Carpinejar = ZERO HORA
REPERCUSSÕES
II- Nobel e o Pensador
Juremir Machado da Silva* - Publicado no Correio do Povo
sexta-feira, 27 de abril de 2012O
O indiano Amartya Sen é Prêmio Nobel de Economia. Apenas isso. Ele foi
distinguido com 80 títulos de doutor honoris causa no mundo inteiro.
Professor em Harvard, o homem é uma dessas autoridades que desconhecem
portas fechadas. Publica livros que são lidos com sofreguidão pelos
poderosos do planeta em busca de ideias para resolver problemas
cruciais. O brasileiro Gabriel, o Pensador não se destaca pelos
títulos acadêmicos. Apesar de ter nascido em 1974, já publicou,
demonstrando grande precocidade, um livro autobiográfico, "Diário
Noturno".
Eu pretendia nunca mais falar em Gabriel, autodenominado o Pensador,
depois de ter sido obrigado a citar o nome dele vários dias seguidos
por causa da história da sua participação na Feira do Livro de Bento
Gonçalves, uma malandragem que acabou em pizza. Acontece que um fato
leva a outro e, de borboleta em borboleta, acabamos trombando com um
elefante. Primeiro alguém me enviou uma frase pensada de Gabriel:
"Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo". Fiquei pasmo. Só Louro
José faria melhor. Aí veio um versinho: "Pensa! O pensamento tem
poder./Mas não adianta só pensar./Você também tem que dizer!/Diz!
Porque as palavras têm poder./ Mas não adianta só dizer./ Você também
tem que fazer!/Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz
depois que tudo acontecer". Uau!
O que pode existir em comum entre o Nobel de Economia Amartya Sen e o
"poeta pensador" Gabriel? Nada. Uma grande distância financeira os
separa. Amartya Sen palestrou em Porto Alegre, na abertura do
prestigioso ciclo Fronteiras do Pensamento 2012, por R$ 50 mil.
Gabriel, autodenominado o Pensador, ia se apresentar em Bento
Gonçalves por R$ 170 mil. Gabriel ia faturar R$ 120 mil a mais do que
Amartya.
A Prefeitura de Bento Gonçalves publicou nota para esclarecer a
situação. Certos esclarecimentos complicam as coisas. Parte do
dinheiro era para um show da banda de Gabriel. Cobria passagens
aéreas, impostos, vários artistas. Mas outra parte, míseros R$ 70 mil,
era para pagar duas falas de Gabriel e 2 mil exemplares de um livro do
autor a ser distribuído. Amartya Sen palestra por R$ 50 mil. Gabriel,
que se diz pensador, por R$ 70 mil.
A impressão de 2 mil exemplares de um livro custa em torno de R$ 8
mil. Em vendas volumosas desse tipo, sem intermediação de livraria e
distribuidora, o preço oscila entre R$ 10,00 e R$ 25,00, segundo o
número de exemplares. No caso, poderia ficar em R$ 10,00. Se Gabriel,
dito pensador, fosse razoável teria cobrado R$ 5 mil pela palestra e
R$ 20 mil pelos livros. Seria salgadinho, mas sem superfaturamento
midiático. Estaria bem pago e bem falado.
A comparação entre os cachês de Amartya e Gabriel é que me levou a
escrever este texto. Sem qualquer maldade. Ao contrário. Fiquei com
pena de Amartya, tão simples, simpático e profundo. No disputado e
nervoso mercado brasileiro, um Nobel da Economia nunca terá o peso e o
cachê de Gabriel, uma celebridade que dispensa apresentação. Amartya
Sen pode ser Nobel e intelectual reconhecido, mas não é o Pensador.
----------------------
* Sociólogo. Prof. Universitário. Cronista do Correio do Pvo
juremir@correiodopovo.com.br
Fonte: Correio do Povo, 27/04/2012
\
***
II - Gabriel O Pensador anuncia: “meu cachê vai ser zero” =em
25/04/2012 - blog do pensador
Músico diz que será patrono da Feira do Livro com orgulho, mas não vai
mais fazer show nem vender livros
Gabriel O Pensador falou com a imprensa no final da tarde desta
terça-feira no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves. Ele veio,
por conta própria, esclarecer tudo sobre a polêmica em torno do cachê
pago a ele pela prefeitura do município. Na oportunidade, afirmou que
não fará mais show nem venderá livros, apenas será patrono da feira.
Assim que chegou à cidade ele se reuniu com o prefeito Roberto Lunelli
para conversar. Mas o músico deixou claro que veio com a decisão
tomada, apenas para anunciá-la.
Gabriel contratou um assessor de imprensa local para organizar a
coletiva, onde afirmou que apenas será patrono, inclusive vai dar uma
palestra como parte da programação, mas tudo isso sem nenhum ganho.
Ele recusou também o cachê simbólico que é pago aos patronos. Vai
cobrar apenas os gastos de passagem e hospedagem.
— Não vou cobrar, meu cachê vai ser zero. Já estou feliz por estar em
Bento e confraternizar — diz o músico.
Segundo ele, o cancelamento partiu dele e foi para que se sentisse
bem, mas afirmou que os valores estavam todos certos, dentro do
mercado.
O rapper, patrono da Feira do Livro da cidade, iria ganhar R$ 170 mil
pela venda de 2 mil exemplares de seu livro e por um show público. O
valor foi questionado pela Associação Gaúcha de Escritores e levou
outros autores a cancelarem a participação no evento.
Ontem, o Pensador escreveu em sua página oficial no Facebook: “Eu dei
o azar de cair de paraquedas no meio de uma briga de gaúchos, como me
disse hoje, por telefone, uma das autoras convidadas”.
Visite também: http://www.fcseligaai.blogspot.com, o blog do fã clube
oficial do Gabriel O Pensador!
Falaí
Gabriel O Pensador desabafa após polêmica no RS: ‘Estou de saco cheio’
em 24/04/2012
Músico diz que os R$ 170 mil ‘estão dentro do valor de mercado’.
Valor abrange 2 mil livros que seriam distribuídos e show em Bento.
Envolvido em uma polêmica no Rio Grande do Sul, o músico e escritor
Gabriel o Pensador desabadou nesta terça-feira (24). Em entrevista ao
G1, falou sobre o cachê de R$ 170 mil que seria pago pela prefeitura
de Bento Gonçalves para que ele participasse da Feira do Livro da
cidade, que ocorre de 9 a 20 de maio na Praça Centenário, com o tema
“Literatura e Cinema”. O artista, que tem três livros publicados,
deixou claro que o valor que receberia não está só atrelado ao fato de
ser o patrono do evento. O dinheiro seria usado para comprar duas mil
unidades das duas primeiras obras do autor – Diário Noturno e Um
Garoto Chamado Rorbeto – e ainda bancaria um show ao ar livre no
encerramento da Feira, com entrada franca para toda a população.
Gabriel o Pensador está em Bento Gonçalves nesta terça-feira (24) para
definir se irá participar do evento. Irritado com toda a polêmica, o
artista não descarta cancelar sua participação na Feira do Livro.
Confira a entrevista completa concedida ao G1:
G1 - O que você está achando desta polêmica envolvendo sua
participação na Feira do Livro de Bento?
Gabriel O Pensador – Estou de saco cheio. Estou em Bento Gonçalves e
lá vou dar uma entrevista para esclarecer e resolver o que vai ser
feito. A reação me surpreendeu. O valor está dentro do mercado para um
show e a venda dos livros. A prefeitura que preferiu juntar estas
ações à Feira do Livro. Tudo foi feito às claras, mas isso me
incomodou muito. Estou repensando se vale a pena participar do evento.
Estou de cabeça quente com toda esta história. Fico triste porque sei
que tem muita gente que gostaria que eu participasse. Quando
anunciaram que eu iria para o Sul, recebi muitas mensagens de pessoas
que estavam amarradonas que eu participaria da Feira do Livro em Bento
Gonçalves.
G1 – Você poderia esmiuçar o valor de R$ 170 mil que seria pago por
sua participação no evento?
Gabriel - A prefeitura planejava distribuir nas escolas municipais 2
mil unidades das minhas duas primeiras obras lançadas. Cada livro
custa R$ 35. O total só em livros chega a R$ 70 mil, se contarmos os
impostos. Outra parte do cachê seria por um show, que seria em praça
pública, no encerramento do evento. O cachê é de R$ 60 mil, mais os
custos de passagens para a banda, hospedagens e impostos. Faço
trabalhos para prefeituras a vida inteira. Vejo isto como um incentivo
à educação e tenho orgulho do que faço.
G1 – E a reação de autores gaúchos contra a sua presença na feira do
Livro em Bento. O que você achou?
Gabriel - Foi levado para o lado político e tem um grupo que é contra
a prefeitura. A reação dos autores ganhou um eco muito grande. O tom
que o Fabrício Carpinejar (escritor gaúcho) usou, ao citar que a
prefeitura faria economia convidando autores locais para ser o patrono
da feira levou a conversa para um clima ruim. A prefeitura queria
incentivar o público que não está acostumado a ler a ir na Feira. Eu
compreendi isto como um investimento válido. A ideia era boa. Não
tinha nada fora da realidade. A coisa ficou mal esclarecida. sempre
fiz meu trabalho valorizando coisas boas. meu trabalho como escritor é
este. O que vem antes para mim é o prazer das pessoas em me receberem.
G1 – Você acha que sua imagem pode ficar abalada com os gaúchos?
Gabriel - Acho que minha imagem tem uma credibilidade muito grande.
Pode ficar abalada com quem lê as coisas por alto ou não tem a
informação completa. Isto sim pode desgastar e atrapalhar em todos os
sentidos. Tenho que ficar explicando e esclarecendo a origem da
polêmica. É um desgaste entre a prefeitura de Bento Gonçalves e os
autores. Eu não tenho nada a ver com isto.
G1 – Como é sua trajetória como escritor, Gabriel?
Gabriel - Tenho três livros publicados. O que a prefeitura planejava
distribuir são os dois primeiros que lancei. Minha primeira obra é
“Diário Noturno”, que fala das minhas influências, traz poemas,
crônicas, memórias, experiências como cantor e compositor e da minha a
relação com a família e com os fãs. O segundo livro é “Um garoto
Chamado Rorbeto”. Este livro fala de alfabetização e como aceitar as
diferenças, já que o menino não tem um dedo da mão direita. O terceiro
livro que eu lancei fala do Flamengo.
G1 – Você cogita cancelar a sua participação na Feira do Livro de
Bento Gonçalves?
Gabriel – Estou insatisfeito. Não tem preço que pague isto. Nunca
envolvi meu nome com nada mal explicado. Talvez eu mesmo tome a
iniciativa de cancelar minha participação. Eu gostaria que todos
entendessem a história como ela é de verdade. O que importa é
continuar sendo respeitado como sempre fui pelos moradores de Bento
Gonçalves”.
Visite também: http://www.fcseligaai.blogspot.com, o blog do fã clube
oficial do Gabriel O Pensador!
Falaí
Confirmado: Gabriel O Pensador será patrono da Feira do Livro de Bento!
em 09/04/2012
Agora é oficial: conforme o Portal Leouve adiantou, o escritor,
compositor, músico e empresário Gabriel O Pensador será o patrono da
27ª Feira do Livros de Bento Gonçalves, que ocorre entre os dias 9 e
20 de maio. O lançamento oficial acontece no dia 18 de abril, com
possibilidade da presença do próprio patrono e outros escritores
consagrados. Com o tema Literatura e Cinema, a Feira será realizada
pela segunda vez na Praça Centenário, ao lado da Escola Estadual Bento
Gonçalves da Silva.
- Foi uma grande aposta que fizemos em realizar o evento literário na
praça e continuaremos lá, apesar de estarmos ainda colhendo sugestões
e informações para bem adaptar o local a esta proposta – explica Pedro
Junior da Fontoura, diretor da Biblioteca Pública Municipal e
coordenador da Feira.
Sobre a escolha do patrono, ele conta que a ideia é continuar
motivando as crianças e os adolescentes a buscarem a leitura.
- Passamos do criador da Califórnia da Canção Nativa, Colmar Duarte,
no ano passado, para o Gabriel. Todas as pessoas são nosso público
alvo, mas os estudantes são o principal foco – comenta o coordenador.
FILMAGENS
Já que o assunto é cinema, nos dias 16 e 17 de abril, o escritor,
roteirista, produtor e cineasta Tabajara Ruas filmará algumas cenas do
filme “O Senhor da Guerra” em Bento Gonçalves
- A Maria Fumaça será a locação para mostrar a volta de alguns
personagens da guerra – adianta Pedro Junior.
Visite também: http://www.fcseligaai.blogspot.com, o blog do fã clube
oficial do Gabriel O Pensador!
III - VA LER UM LIVRO -http://valerumlivro.mtv.uol.com.br/2012/04/23/tudo-porque-nao-sou-gabriel-o-pensador/
“Tudo porque não sou Gabriel, o pensador.” - April 23, 2012 Tatiany
Leite 1 Comment
Não há dúvida que o Brasil tem passado por uma efusão de eventos literários.
Além das Bienais estaduais, há também as Festas Literárias e as
feiras de livro regionais que acontecem, algumas, até mensalmente. O
problema é que o método de organização desses eventos tem dado pano
para manga. Neste ano até a Fundação Bienal foi incluída na lista de
inadimplentes do Ministério da Cultura tendo todo seu caixa e recursos
congelados, por conta de falta de prestações de contas desde 2006.
Agora foi a vez da Feira do Livro Bento Gonçalves que, já na sua 27º
edição, com o tema programado para ser “Literatura & Cinema”, está
correndo o risco de ser boicotada por conta de pagamentos de cachês.
O escritor e jornalista Fabrício Carpinejar, um dos nomes anunciados
na programação, postou uma carta aberta à coordenação do projeto
mostrando sua indignação ao cachê pago para o então patrono da feira,
Gabriel O Pensador, “O artista (que eu admiro) não tem culpa de pedir
o valor, porém a Prefeitura tem inteira responsabilidade de acatá-lo e
não informá-lo da real capacidade cultural do município. O anúncio de
pagamento ao músico é uma afronta às vésperas de pleito eleitoral”,
diz Carpinejar, “Literatura não deve ser feita para atrair público, e
sim para formar público. Trazer grandes nomes com dinheiro público a
preços estratosféricos é sempre a forma mais rápida de projeção
nacional. A literatura é o modo mais lento, entretanto, com efeitos
definitivos e perenes.”, completou. Cancelando sua participação no
evento, Fabrício Carpinejar indagou as políticas da organização da
feira que pagou para o artista Gabriel O Pensador, o valor de R$ 170
mil reais, “Quantas bibliotecas poderiam ser construídas com esse
cachê? Quantas feiras poderiam ser realizadas? (…)”.
A posição de Carpinejar, que receberia mil reais de cachê, serviu de
exemplo para outros escritores como o Juremir Machado que, em seu blog
no R7, criou uma espécie de poema satírico, “Eu tenho um compromisso
comigo: pagar, ao menos, um mico por mês. (…) A minha meta é
autografar três livros. (…) Tudo porque não sou Gabriel, o pensador.
(…) Eu ia por, digamos, R$ 169 mil. (…) Mas, se insistissem, aceitava
R$ 1.690,00 e ainda entregava cem livros para distribuição. Eis a
diferença: o Gabriel, embora não pareça, é pensador. Cada um no seu
quadrado. Meu negócio é pagar mico e correr para o abraço.Se
autografar um livro, já me darei por satisfeito. (…)”, brincou.
Enquanto a coordenação do evento não responde, ficamos com a dúvida:
será que algum dia os projetos literários no Brasil terão como simples
objetivo o semear da literatura?
Posted in: Eventos, News
GABRIEL PENSADOR PARA PATROCINAR FEIRA DO LIVRO DE BENTO
O FATO - CARTA ABERTA DE CARPINEJAR PUBLICADA NA ZERO HORA
Cachê polêmico a Gabriel O Pensador22/04/2012 | 18h46
Fabrício Carpinejar cancela participação na Feira do Livro de Bento
Escritor protesta contra cachê de R$ 170 mil pago ao rapper Gabriel o
Pensador, patrono desta edição do evento
Comentar7CorrigirImprimirDiminuir fonteAumentar fonte
Fabrício Carpinejar estava na lista de convidados da Feira do Livro de Bento
Foto: Divulgação / ZH
O escritor Fabrício Carpinejar escreveu neste domingo carta aberta à
Coordenação da Feira do Livro de Bento Gonçalves cancelando sua
participação no evento. A razão está na polêmica que teve início com a
divulgação do cachê de R$ 170 mil pago ao patrono deste ano, o rapper
Gabriel o Pensador.
Veja a íntegra da carta:
Querida Coordenação da Feira:
estou cancelando minha participação na 27ª Feira do Livro de Bento
Gonçalves. Lamento fazer isso por todo amor que guardo pelos leitores
da cidade.
É meu protesto pelo cachê absolutamente excessivo de R$ 170 mil
destinado a Gabriel O Pensador. O artista (que eu admiro) não tem
culpa de pedir o valor, porém a Prefeitura tem inteira
responsabilidade de acatá-lo e não informá-lo da real capacidade
cultural do município. O anúncio de pagamento ao músico é uma afronta
às vésperas de pleito eleitoral.
Literatura não deve ser feita para atrair público, e sim para formar público.
Feira do Livro não é uma Oktoberfest, uma Fenavinho, uma plataforma
popular de shows musicais e apresentações midiáticas. Feira é
intensificar leituras em escolas e universidades ao longo do ano para
propiciar debates e mesa-redondas com escritores durante uma semana.
Uma receita simples e imbatível: ler e comentar, ler e discutir, ler e
produzir idéias coletivamente e transformar o pensamento.
O escândalo ? trazer grandes nomes com dinheiro público a preços
estratosféricos ? é sempre a forma mais rápida de projeção nacional.
A literatura é o modo mais lento, entretanto, com efeitos definitivos
e perenes.
Quantas bibliotecas poderiam ser construídas com esse cachê? Quantas
feiras poderiam ser realizadas com esse cachê?
Pense, querida coordenação, que o cachê é o equivalente a uma primeira
parcela para fazer a Escola Municipal Infantil Paulo Freire, que acaba
de ser inaugurada no Loteamento Panorâmico, no bairro São Roque, em
Bento Gonçalves, para atender 240 crianças em turno integral.
Nas conversas telefônicas com a produção da Feira, aceitamos um valor
padrão de R$ 1.000,00 (um mil reais), devido à alegação de que não
haveria exceção, de que se tratava de uma regra extensiva aos demais
participantes. A organização lamentou que não teria condições de
exceder determinada quantia por limitação de orçamento. Vejo,
infelizmente, que a Feira estava economizando com os autores gaúchos
para pagar uma atração nacional.
Cuidado, a ilusão custa mais caro do que o sonho.
Grato, abraço, Fabrício Carpinejar = ZERO HORA
REPERCUSSÕES
II- Nobel e o Pensador
Juremir Machado da Silva* - Publicado no Correio do Povo
sexta-feira, 27 de abril de 2012O
O indiano Amartya Sen é Prêmio Nobel de Economia. Apenas isso. Ele foi
distinguido com 80 títulos de doutor honoris causa no mundo inteiro.
Professor em Harvard, o homem é uma dessas autoridades que desconhecem
portas fechadas. Publica livros que são lidos com sofreguidão pelos
poderosos do planeta em busca de ideias para resolver problemas
cruciais. O brasileiro Gabriel, o Pensador não se destaca pelos
títulos acadêmicos. Apesar de ter nascido em 1974, já publicou,
demonstrando grande precocidade, um livro autobiográfico, "Diário
Noturno".
Eu pretendia nunca mais falar em Gabriel, autodenominado o Pensador,
depois de ter sido obrigado a citar o nome dele vários dias seguidos
por causa da história da sua participação na Feira do Livro de Bento
Gonçalves, uma malandragem que acabou em pizza. Acontece que um fato
leva a outro e, de borboleta em borboleta, acabamos trombando com um
elefante. Primeiro alguém me enviou uma frase pensada de Gabriel:
"Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo". Fiquei pasmo. Só Louro
José faria melhor. Aí veio um versinho: "Pensa! O pensamento tem
poder./Mas não adianta só pensar./Você também tem que dizer!/Diz!
Porque as palavras têm poder./ Mas não adianta só dizer./ Você também
tem que fazer!/Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz
depois que tudo acontecer". Uau!
O que pode existir em comum entre o Nobel de Economia Amartya Sen e o
"poeta pensador" Gabriel? Nada. Uma grande distância financeira os
separa. Amartya Sen palestrou em Porto Alegre, na abertura do
prestigioso ciclo Fronteiras do Pensamento 2012, por R$ 50 mil.
Gabriel, autodenominado o Pensador, ia se apresentar em Bento
Gonçalves por R$ 170 mil. Gabriel ia faturar R$ 120 mil a mais do que
Amartya.
A Prefeitura de Bento Gonçalves publicou nota para esclarecer a
situação. Certos esclarecimentos complicam as coisas. Parte do
dinheiro era para um show da banda de Gabriel. Cobria passagens
aéreas, impostos, vários artistas. Mas outra parte, míseros R$ 70 mil,
era para pagar duas falas de Gabriel e 2 mil exemplares de um livro do
autor a ser distribuído. Amartya Sen palestra por R$ 50 mil. Gabriel,
que se diz pensador, por R$ 70 mil.
A impressão de 2 mil exemplares de um livro custa em torno de R$ 8
mil. Em vendas volumosas desse tipo, sem intermediação de livraria e
distribuidora, o preço oscila entre R$ 10,00 e R$ 25,00, segundo o
número de exemplares. No caso, poderia ficar em R$ 10,00. Se Gabriel,
dito pensador, fosse razoável teria cobrado R$ 5 mil pela palestra e
R$ 20 mil pelos livros. Seria salgadinho, mas sem superfaturamento
midiático. Estaria bem pago e bem falado.
A comparação entre os cachês de Amartya e Gabriel é que me levou a
escrever este texto. Sem qualquer maldade. Ao contrário. Fiquei com
pena de Amartya, tão simples, simpático e profundo. No disputado e
nervoso mercado brasileiro, um Nobel da Economia nunca terá o peso e o
cachê de Gabriel, uma celebridade que dispensa apresentação. Amartya
Sen pode ser Nobel e intelectual reconhecido, mas não é o Pensador.
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* Sociólogo. Prof. Universitário. Cronista do Correio do Pvo
juremir@correiodopovo.com.br
Fonte: Correio do Povo, 27/04/2012
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II - Gabriel O Pensador anuncia: “meu cachê vai ser zero” =em
25/04/2012 - blog do pensador
Músico diz que será patrono da Feira do Livro com orgulho, mas não vai
mais fazer show nem vender livros
Gabriel O Pensador falou com a imprensa no final da tarde desta
terça-feira no Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves. Ele veio,
por conta própria, esclarecer tudo sobre a polêmica em torno do cachê
pago a ele pela prefeitura do município. Na oportunidade, afirmou que
não fará mais show nem venderá livros, apenas será patrono da feira.
Assim que chegou à cidade ele se reuniu com o prefeito Roberto Lunelli
para conversar. Mas o músico deixou claro que veio com a decisão
tomada, apenas para anunciá-la.
Gabriel contratou um assessor de imprensa local para organizar a
coletiva, onde afirmou que apenas será patrono, inclusive vai dar uma
palestra como parte da programação, mas tudo isso sem nenhum ganho.
Ele recusou também o cachê simbólico que é pago aos patronos. Vai
cobrar apenas os gastos de passagem e hospedagem.
— Não vou cobrar, meu cachê vai ser zero. Já estou feliz por estar em
Bento e confraternizar — diz o músico.
Segundo ele, o cancelamento partiu dele e foi para que se sentisse
bem, mas afirmou que os valores estavam todos certos, dentro do
mercado.
O rapper, patrono da Feira do Livro da cidade, iria ganhar R$ 170 mil
pela venda de 2 mil exemplares de seu livro e por um show público. O
valor foi questionado pela Associação Gaúcha de Escritores e levou
outros autores a cancelarem a participação no evento.
Ontem, o Pensador escreveu em sua página oficial no Facebook: “Eu dei
o azar de cair de paraquedas no meio de uma briga de gaúchos, como me
disse hoje, por telefone, uma das autoras convidadas”.
Visite também: http://www.fcseligaai.blogspot.com, o blog do fã clube
oficial do Gabriel O Pensador!
Falaí
Gabriel O Pensador desabafa após polêmica no RS: ‘Estou de saco cheio’
em 24/04/2012
Músico diz que os R$ 170 mil ‘estão dentro do valor de mercado’.
Valor abrange 2 mil livros que seriam distribuídos e show em Bento.
Envolvido em uma polêmica no Rio Grande do Sul, o músico e escritor
Gabriel o Pensador desabadou nesta terça-feira (24). Em entrevista ao
G1, falou sobre o cachê de R$ 170 mil que seria pago pela prefeitura
de Bento Gonçalves para que ele participasse da Feira do Livro da
cidade, que ocorre de 9 a 20 de maio na Praça Centenário, com o tema
“Literatura e Cinema”. O artista, que tem três livros publicados,
deixou claro que o valor que receberia não está só atrelado ao fato de
ser o patrono do evento. O dinheiro seria usado para comprar duas mil
unidades das duas primeiras obras do autor – Diário Noturno e Um
Garoto Chamado Rorbeto – e ainda bancaria um show ao ar livre no
encerramento da Feira, com entrada franca para toda a população.
Gabriel o Pensador está em Bento Gonçalves nesta terça-feira (24) para
definir se irá participar do evento. Irritado com toda a polêmica, o
artista não descarta cancelar sua participação na Feira do Livro.
Confira a entrevista completa concedida ao G1:
G1 - O que você está achando desta polêmica envolvendo sua
participação na Feira do Livro de Bento?
Gabriel O Pensador – Estou de saco cheio. Estou em Bento Gonçalves e
lá vou dar uma entrevista para esclarecer e resolver o que vai ser
feito. A reação me surpreendeu. O valor está dentro do mercado para um
show e a venda dos livros. A prefeitura que preferiu juntar estas
ações à Feira do Livro. Tudo foi feito às claras, mas isso me
incomodou muito. Estou repensando se vale a pena participar do evento.
Estou de cabeça quente com toda esta história. Fico triste porque sei
que tem muita gente que gostaria que eu participasse. Quando
anunciaram que eu iria para o Sul, recebi muitas mensagens de pessoas
que estavam amarradonas que eu participaria da Feira do Livro em Bento
Gonçalves.
G1 – Você poderia esmiuçar o valor de R$ 170 mil que seria pago por
sua participação no evento?
Gabriel - A prefeitura planejava distribuir nas escolas municipais 2
mil unidades das minhas duas primeiras obras lançadas. Cada livro
custa R$ 35. O total só em livros chega a R$ 70 mil, se contarmos os
impostos. Outra parte do cachê seria por um show, que seria em praça
pública, no encerramento do evento. O cachê é de R$ 60 mil, mais os
custos de passagens para a banda, hospedagens e impostos. Faço
trabalhos para prefeituras a vida inteira. Vejo isto como um incentivo
à educação e tenho orgulho do que faço.
G1 – E a reação de autores gaúchos contra a sua presença na feira do
Livro em Bento. O que você achou?
Gabriel - Foi levado para o lado político e tem um grupo que é contra
a prefeitura. A reação dos autores ganhou um eco muito grande. O tom
que o Fabrício Carpinejar (escritor gaúcho) usou, ao citar que a
prefeitura faria economia convidando autores locais para ser o patrono
da feira levou a conversa para um clima ruim. A prefeitura queria
incentivar o público que não está acostumado a ler a ir na Feira. Eu
compreendi isto como um investimento válido. A ideia era boa. Não
tinha nada fora da realidade. A coisa ficou mal esclarecida. sempre
fiz meu trabalho valorizando coisas boas. meu trabalho como escritor é
este. O que vem antes para mim é o prazer das pessoas em me receberem.
G1 – Você acha que sua imagem pode ficar abalada com os gaúchos?
Gabriel - Acho que minha imagem tem uma credibilidade muito grande.
Pode ficar abalada com quem lê as coisas por alto ou não tem a
informação completa. Isto sim pode desgastar e atrapalhar em todos os
sentidos. Tenho que ficar explicando e esclarecendo a origem da
polêmica. É um desgaste entre a prefeitura de Bento Gonçalves e os
autores. Eu não tenho nada a ver com isto.
G1 – Como é sua trajetória como escritor, Gabriel?
Gabriel - Tenho três livros publicados. O que a prefeitura planejava
distribuir são os dois primeiros que lancei. Minha primeira obra é
“Diário Noturno”, que fala das minhas influências, traz poemas,
crônicas, memórias, experiências como cantor e compositor e da minha a
relação com a família e com os fãs. O segundo livro é “Um garoto
Chamado Rorbeto”. Este livro fala de alfabetização e como aceitar as
diferenças, já que o menino não tem um dedo da mão direita. O terceiro
livro que eu lancei fala do Flamengo.
G1 – Você cogita cancelar a sua participação na Feira do Livro de
Bento Gonçalves?
Gabriel – Estou insatisfeito. Não tem preço que pague isto. Nunca
envolvi meu nome com nada mal explicado. Talvez eu mesmo tome a
iniciativa de cancelar minha participação. Eu gostaria que todos
entendessem a história como ela é de verdade. O que importa é
continuar sendo respeitado como sempre fui pelos moradores de Bento
Gonçalves”.
Visite também: http://www.fcseligaai.blogspot.com, o blog do fã clube
oficial do Gabriel O Pensador!
Falaí
Confirmado: Gabriel O Pensador será patrono da Feira do Livro de Bento!
em 09/04/2012
Agora é oficial: conforme o Portal Leouve adiantou, o escritor,
compositor, músico e empresário Gabriel O Pensador será o patrono da
27ª Feira do Livros de Bento Gonçalves, que ocorre entre os dias 9 e
20 de maio. O lançamento oficial acontece no dia 18 de abril, com
possibilidade da presença do próprio patrono e outros escritores
consagrados. Com o tema Literatura e Cinema, a Feira será realizada
pela segunda vez na Praça Centenário, ao lado da Escola Estadual Bento
Gonçalves da Silva.
- Foi uma grande aposta que fizemos em realizar o evento literário na
praça e continuaremos lá, apesar de estarmos ainda colhendo sugestões
e informações para bem adaptar o local a esta proposta – explica Pedro
Junior da Fontoura, diretor da Biblioteca Pública Municipal e
coordenador da Feira.
Sobre a escolha do patrono, ele conta que a ideia é continuar
motivando as crianças e os adolescentes a buscarem a leitura.
- Passamos do criador da Califórnia da Canção Nativa, Colmar Duarte,
no ano passado, para o Gabriel. Todas as pessoas são nosso público
alvo, mas os estudantes são o principal foco – comenta o coordenador.
FILMAGENS
Já que o assunto é cinema, nos dias 16 e 17 de abril, o escritor,
roteirista, produtor e cineasta Tabajara Ruas filmará algumas cenas do
filme “O Senhor da Guerra” em Bento Gonçalves
- A Maria Fumaça será a locação para mostrar a volta de alguns
personagens da guerra – adianta Pedro Junior.
Visite também: http://www.fcseligaai.blogspot.com, o blog do fã clube
oficial do Gabriel O Pensador!
III - VA LER UM LIVRO -http://valerumlivro.mtv.uol.com.br/2012/04/23/tudo-porque-nao-sou-gabriel-o-pensador/
“Tudo porque não sou Gabriel, o pensador.” - April 23, 2012 Tatiany
Leite 1 Comment
Não há dúvida que o Brasil tem passado por uma efusão de eventos literários.
Além das Bienais estaduais, há também as Festas Literárias e as
feiras de livro regionais que acontecem, algumas, até mensalmente. O
problema é que o método de organização desses eventos tem dado pano
para manga. Neste ano até a Fundação Bienal foi incluída na lista de
inadimplentes do Ministério da Cultura tendo todo seu caixa e recursos
congelados, por conta de falta de prestações de contas desde 2006.
Agora foi a vez da Feira do Livro Bento Gonçalves que, já na sua 27º
edição, com o tema programado para ser “Literatura & Cinema”, está
correndo o risco de ser boicotada por conta de pagamentos de cachês.
O escritor e jornalista Fabrício Carpinejar, um dos nomes anunciados
na programação, postou uma carta aberta à coordenação do projeto
mostrando sua indignação ao cachê pago para o então patrono da feira,
Gabriel O Pensador, “O artista (que eu admiro) não tem culpa de pedir
o valor, porém a Prefeitura tem inteira responsabilidade de acatá-lo e
não informá-lo da real capacidade cultural do município. O anúncio de
pagamento ao músico é uma afronta às vésperas de pleito eleitoral”,
diz Carpinejar, “Literatura não deve ser feita para atrair público, e
sim para formar público. Trazer grandes nomes com dinheiro público a
preços estratosféricos é sempre a forma mais rápida de projeção
nacional. A literatura é o modo mais lento, entretanto, com efeitos
definitivos e perenes.”, completou. Cancelando sua participação no
evento, Fabrício Carpinejar indagou as políticas da organização da
feira que pagou para o artista Gabriel O Pensador, o valor de R$ 170
mil reais, “Quantas bibliotecas poderiam ser construídas com esse
cachê? Quantas feiras poderiam ser realizadas? (…)”.
A posição de Carpinejar, que receberia mil reais de cachê, serviu de
exemplo para outros escritores como o Juremir Machado que, em seu blog
no R7, criou uma espécie de poema satírico, “Eu tenho um compromisso
comigo: pagar, ao menos, um mico por mês. (…) A minha meta é
autografar três livros. (…) Tudo porque não sou Gabriel, o pensador.
(…) Eu ia por, digamos, R$ 169 mil. (…) Mas, se insistissem, aceitava
R$ 1.690,00 e ainda entregava cem livros para distribuição. Eis a
diferença: o Gabriel, embora não pareça, é pensador. Cada um no seu
quadrado. Meu negócio é pagar mico e correr para o abraço.Se
autografar um livro, já me darei por satisfeito. (…)”, brincou.
Enquanto a coordenação do evento não responde, ficamos com a dúvida:
será que algum dia os projetos literários no Brasil terão como simples
objetivo o semear da literatura?
Posted in: Eventos, News
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