terça-feira, 22 de maio de 2012

Festival de Cinema em Visconde do Rio Branco chega a mais um conterrâneo ilustre

22/05/2012 - Terça-feira



O Promotor Público aposentado, Dr. Luiz Carlos Pereira Barros,  recebeu em sua residência a Professora Theresinha Almeida Pinto,  Coordenadora do Festival de Cinema Geraldo Santos Pereira, acompanhada da Secretária Municipal de Cultura, Professora Maria de Lourdes Torres, e do Engenheiro Agrônomo José Luiz Lopes Gomes.
Da esquerda para direita: Professora Maria de Lourdes Torres, Professora Theresinha Almeida Pinto e o Promotor Publico Dr. Luiz Carlos Pereira Barros.  Foto: José Luiz Lopes Gomes.


Dr. Luiz Carlos é um amante da cultura e da arte, e o objetivo do encontro era contar-lhe as razões e origens do Festival e, principalmente, falar sobre a figura do homenageado Geraldo Santos Pereira, além do seu irmão Gêmeo Renato. Esses irmãos produziram importante obra de qualidade cultural e histórica, com foco predominante no Barroco Mineiro. E realizaram a proeza de produzir o primeiro filme brasileiro em cores: Rebelião em Vila Rica. 
Imagem: sinopsedofilme.com


 Rebelião em Vila Rica,  produzido há mais  de meio século, citado por alguns como  um dos primeiros filmes brasileiros coloridos e como  um documento de leitura da época (crítica ao Estado Novo de Vargas e mais uma visão cinematográfica da Inconfidência), e todo rodado nas ruas da Ouro Preto de então; nesse filme “adolescência” e “rebeldia”  se destacam  como pioneirismo no cinema nacional.

Os rebeldes, retratados no filme, ainda traziam  nomes próximos aos da Inconfidência Mineira que ali, na mesma Vila Rica, revoltaram-se contra a Metrópole portuguesa no final do século XVIII. O filme procura: atualizar o espírito dos inconfidentes nos anos 1940, na imagem de estudantes da Escola de Minas de Ouro Preto, revoltados com a decisão da demissão do diretor e transferência da Escola por parte do governo no Rio de Janeiro. As personagens dos estudantes trazem nomes que encarnam  figuras históricas como Maciel, o poeta Gonzaga, sua musa Marília, o herói Xavier e o traidor Silvério.


Há uma sincronia no conflito de gerações de uma época(1940) e de outra(1789).

Além de Rebelião em Vila Rica, foram lembrados “O Aleijadinho – paixão, glória e suplício”; “Noite e Diamante”; “O Seminarista”; “Grandes Sertões”.

De grande importância nesse contexto, foi a vinda de Geraldo Santos Pereira a Visconde do Rio Branco em 2005, quando permaneceu uma semana na cidade, exibiu “O Aleijadinho” no auditório Jotta Barroso e no jardim da Praça 28 de Setembro, em frente à fachada do antigo Cinema Brasil.  Nas duas sessões, Geraldo realizou palestras sobre a cultura do Barroco Mineiro, e pregou a criação do Centro Cultural Guido Marlière, que seria uma grande casa de espetáculos para cinema, teatro, palestras e demais manifestações artísticas e culturais.





Naquela permanência na cidade, visitou o Monumento a Guido Marlière, em Guidoval, situado a sete quilômetros fora da cidade, na Serra da Onça, à margem da estrada velha que leva a Cataguases.  Na ocasião, tentou contato com os prefeitos de Guidoval, Ubá e Visconde do Rio Branco, com o intuito de conseguir recursos financeiros para produzir um filme sobre a vida do militar francês Guido, que viera para esta região como Pacificador dos Índios, a serviço da Coroa Portuguesa.  Não foi feliz na sua empreitada.
Geraldo no Gabinete do Prefeito de Visconde do Rio Branco(MG)

Geraldo no Gabinete do Prefeito de Ubá(MG)


Agora Geraldo se encontra acometido do mal de Alzheimer. E a produtora Café Pingado Filmes, de Belo Horizonte, liderada pelo cineasta Erick Leite, está em final de produção de EU É GERALDO,  que conta a história desse cineasta rio-branquense.


A fim de colher subsídios históricos para a produção, a equipe de Erick esteve em 04 de dezembro de 2011 em Visconde do Rio Branco, quando visitou também o Monumento a Guido, onde captaram imagens e depoimentos locais.
Equipe da Café Pingado Fimes com o escritor José de Ancheita de Assis da Rocaha - Guidoval

O Festival acontecerá na semana do último sábado de julho, de 23 a 28.  Exibirá produções de cineastas iniciantes rio-branquenses, residentes fora e na cidade; depois, alguns dos consagrados filmes dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira;  e se encerrará com EU É GERALDO.     

(Franklin Netto – taxievoce@hotmail.com)

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