sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ensinos Espiritualistas – Sayonara(QUARAÍ-RS) - Mediunicamente

27/04/2012 - Sexta-feira


Recebidos por
William Stainton Moses

Quais são os Espíritos que voltam à Terra?

Aqueles que principalmente estão mais próximos dela nas três mais baixas esferas ou estados de existência. Esses conversam mais prontamente convosco. Entre os Espíritos elevados, aqueles que podem voltar são dotados de uma faculdade análoga à que é na Terra o poder da mediunidade. Só podemos dizer-vos que é muito difícil para nós, Espíritos elevados, achar um médium pelo qual nos possamos comunicar. Muitos Espíritos conversariam com prazer se encontrassem um médium conveniente. É daí que provém a variedade das comunicações; aquelas que se verificam ser falsas não o são sempre voluntariamente. Para o futuro conheceremos melhor as condições que influem sobre as comunicações.
Falastes de adversários; quais são eles?
Os Espíritos antagonistas que, revoltados contra a nossa missão, se esforçam para embaraçá-la, que impelem homens e outros Espíritos contra nós e a nossa obra; esses Espíritos, refratários aos impulsos do bem, acham-se reunidos sob a direção de uma inteligência ainda mais malfazeja para prejudicar, embaraçar e deter a nossa marcha. Poderosos no mal, estimulam as más paixões, industriam-se para nos imitar, e assim, adquirindo influência sobre o iludido, prontificam-se em atraí-lo para o que é baixo e desprezível quando procuramos dirigi-lo ternamente para o que é nobre e purificado. São eles os inimigos do bem e os ministros do mal; fazemos-lhes uma guerra perpétua.
É bem admirável saber-se que existe uma organização tão poderosa do mal. Há pessoas, deveis saber, que negam absolutamente a existência do mal e ensinam que tudo é bom, ainda que disfarçado.
Ah! Nada é mais triste do que o abandono do bem e a escolha do mal. Admirais, amigo, que tantos maus Espíritos façam obstrução, pois isso é real e não surpreendente. A alma vai para a vida espiritual com os gostos, predileções, costumes e antipatias da sua vida terrestre; não há nenhuma mudança, salvo o acidente de ser separada do corpo.
A alma que na Terra tinha costumes impuros e gostos baixos não muda de natureza ao sair da esfera terrestre, assim como a que foi verdadeira, pura e progressista não se torna baixa e má pelo fato de morrer. Não imaginaríeis uma alma pura e elevada degenerando depois de desaparecer dos vossos olhares; entretanto, inventais a purificação de um Espírito tornado por hábito impuro e sacrílego, odiando a Deus e ao bem, preferindo a sensualidade e o pecado. Um desses casos não é mais possível que o outro. O caráter da alma cresce todos os dias, a todas as horas, e não é posto sobre ela como uma coisa que possa ser rejeitada; ele se identifica com a natureza do Espírito, tornando-se inseparável. Não é possível mais que o caráter seja destruído, salvo pelo lento processo de obliteração, como não o seria cortar um pano deixando intactos os fios divididos pela tesoura. Mais ainda: a alma cultiva costumes que se enraízam de tal modo a tornarem-se partes essenciais da sua individualidade. O Espírito que, cedendo aos apetites de um corpo sensual, se tornou por fim seu escravo, não se acharia feliz em um meio puro e elevado e suspiraria por seus antigos refúgios e costumes. Assim, as legiões dos adversários são simplesmente massas de Espíritos atrasados, não desenvolvidos, que se ligam uns aos outros pela semelhança de gostos, contra tudo o que é bom e são. Eles só podem progredir pela penitência, recebendo as instruções dadas por inteligências mais elevadas, e enfim pelo gradual e laborioso esforço que aniquila o pecado. Tais Espíritos são muito numerosos e constituem os adversários. A idéia de que não há mal nem antagonismo contra o bem, nem adversários coligados para resistir ao progresso e à verdade, é uma cilada manifesta para vos desviar.
Têm eles um chefe, um demônio?
Muitos chefes os governam, não, porém, um demônio, tal como a teologia inventou. Os Espíritos bons ou maus são submetidos à autoridade de poderosas inteligências.

Leia na próxima Edição: (sábado, 28)
Seção II

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