quinta-feira, 21 de junho de 2012

COLUNA DO PAULO TIMM(Torres-RS) - As marcas da tortura sou eu(1)






 
    Imagem: dialogospoliticos.wordpress.com












    Militante de esquerda, Estela, que tinha 22 anos na época, apanhou muito nos porões da ditadura. E foi torturada em Minas, mais especificamente em Juiz de Fora, e não só no Rio de Janeiro e em São Paulo como se sabia até agora. Estela é um dos codinomes usados na época por Dilma Vana Rousseff, hoje a presidente do Brasil. É o que revela a repórter Sandra Kiefer, que obteve documentos inéditos em que Dilma relata ter sido pendurada por seus algozes mineiros no pau de arara, apanhado de palmatória e levado choques e socos que a marcaram para o resto da vida.



    Dente arrancado com um soco

    “Uma das coisas que me aconteceu naquela época é que meu dente começou a cair e só foi derrubado posteriormente pela OBAN. Minha arcada girou para outro lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente deslocou-se e apodreceu. Tomava de vez em quando Novalgina em gotas para passar a dor. Só mais tarde, quando voltei para SP, o Albernaz completou o serviço com um soco, arrancando o dente”.



    Pau-de-arara e palmatória

    ...“Se o interrogatório e de longa duração, com interrogador ‘experiente’ ele te bota no pau-de-arara alguns momentos e depois leva para o choque, uma dor que não deixa rastro, so te mina. Muitas vezes também usava palmatoria; usava em mim muita palmatoria’’...


































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