O centro da
cidade de Visconde do Rio Branco está saturado. Nota-se pelo trânsito
congestionado em qualquer momento do expediente normal, entre 08 horas da manhã
até o anoitecer. Qualquer manobra para
carga e descarga em frente às casas comerciais forma engarrafamento de filas
extensas em todos os sentidos no raio de um quilômetro em torno da Praça 28 de
setembro.
Visão aérea do Centro da Cidade. Imagem: Isah Baptista
Praça 28 de Setembro. Imagem: Isah Batista
Há quem
aponte até a inconveniência de festejos no jardim, porque a multidão acaba
danificando canteiros, e afeta a beleza natural das gramas e flores tratadas por
jardineiros hábeis e cuidadosos, com carinho e toque artístico às plantas que
embelezam o ambiente.
Festa de São João no Jardim. Imagem: Jefferson Coelho
A construção
do novo Fórum a quase três quilômetros do atual é uma medida acertada. Outras repartições públicas, se
forem deslocadas para outros pontos do perímetro urbano, vão contribuir para
a desobstrução do “miolo” da urbes, onde
o estacionamento, mesmo sendo pago, fica a cada dia mais difícil.
Do mesmo
modo, as atividades comerciais devem se expandir para além da Praça 28 de
Setembro e seu entorno.
O
deslocamento de repartições públicas são mais viáveis, porque os
poderes executivo e legislativo têm competência legal para esta ação. Já as atividades privadas dependem da vontade
dos empresários, que são muito concentrados no valor do “ponto”, como se o
local de suas instalações fizesse milagre, na concorrência do livre mercado.
Alguns se arriscam em implantar seus
negócios em locais ainda não explorados e são gratificados, graças ao oferecimento de
melhores produtos, bom atendimento e preços atraentes. Esses fatores buscam o público consumidor em
lugares nunca imaginados para onde as compras sejam vantajosas.
Em alguns
ramos, o poder público pode e deve oferecer incentivos às empresas, em forma de
impostos menores e adequação de terreno, para atrair o interesse dos
empreendedores com maior visão de negócio e disposição de certos riscos comuns
a todo empreendimento.
Há uma
parcela de empresários avessos aos riscos. Preferem a acomodação, que, na maioria
das vezes, leva à estagnação. Não
arriscam e não prosperam.
Mas o ponto
de saturação a que chegou o centro da cidade desperta no próprio
consumidor/cliente a vontade de encontrar o produto que deseja em local de mais
fácil acesso, onde possa também estacionar seu veículo com tranqüilidade. Os congestionamentos provocam tensões e
estresse que qualquer um quer evitar. O
direito de ir e vir torna-se prejudicado, e as despesas aumentam com a locomoção, manobras,
paradas bruscas, arrancadas, motor funcionando no engarrafamento e consequente desgaste nos veículos. Motoristas e passageiros ficam tensos. Cargas perecíveis se danificam.
Esquina de Rua do Divino com Rua Nova. Imagem: Isah Baptista
Os sinais de
descentralização ainda são muito lentos.
É necessário dar uma acelerada nesse sentido para evitar que, dentro de
alguns anos a cidade se torne intransitável.
Não há alternativas para abertura de outras vias, dentro do espaço de
que estamos falando. Pelo contrário, a
Avenida Beira-Rio corre o risco de ser engolida pelo Xopotó(Chopotó) nas
próximas enchentes previsíveis. O
espaço de tempo entre uma e outra vem diminuindo, à medida que cresce a
população urbana e aumenta a densidade demográfica. Quanto mais o calçamento e o concreto armado
tomam o lugar da vegetação, maiores possibilidades de enchentes vultosas.
Trecho da Av. Beira-Rio, Próximo à Ponte da Água Limpa. Imagem: Site da Prefeitura.
E a
descentralização produz a vantagem de desenvolver outros pontos da cidade com
resultados favoráveis até nos índices de desenvolvimento humano(IDHs) da
periferia.
Neste
trabalho, o poder público tem que caminhar junto com a iniciativa privada, ou
substituí-la aonde os empresários não queiram se arriscar. Junto com os negócios imobiliários, lojas,
atividades autônomas, mercados – têm que seguir escolas, unidades de saúde,
instituições financeiras, serviços de água e esgoto, eletricidade, segurança e
toda a estrutura em torno da qual gira a vida humana.
Dá para
sentir até no ar que respiramos que o tempo urge. “Deixar como está, para ver como é que fica”
é uma acomodação inconveniente no momento.
Ano que vem
começam os novos mandatos municipais. Os
pretendentes a assumir esta responsabilidade precisam estar com mentalidade
dinâmica para impulsionar a passos mais largos a descentralização iniciada.
Precisam chegar a uma conclusão com o governo federal sobre o trecho da estrada
de ferro. Se a ferrovia não der sinais
imediatos de voltar a funcionar, que seja usado o seu percurso para
rodovia. O tráfego do centro para a
Barra dos Coutos e para a Colônia está caótico.
O aproveitamento do trecho ocioso da ferrovia ajudará a desafogar pelo
menos nesses dois sentidos.
O
congestionamento central está fazendo a cidade parar. A densidade demográfica no perímetro urbano
cresce. Seguir para os lados, para os cantos, dispersar são as maneiras de
evitar o retrocesso e a inviabilidade da vida na cidade.
Um bom planejamento é necessário, para evitar
repetir improvisações desastrosas. E que esse planejamento leve em conta a
relação custo/benefício, o impacto ambiental, a topografia, com visão de
crescimento preferencialmente no plano horizontal.
É MUITO CLARO A NECESSIDADE DE SE OCUPAR OUTROS ESPAÇO VISTO O CRESCIMENTO EXPONTÂNEO DESTA CIDADE,QUE É TÃO LINDA EM SUA FORMA MAIS COMPORTADAE NO ENTANTO ,NÃO DÁ PARA COMPREENDER CERTO COMERCIANTES QUE NÃO PENSAM E NEM PLANEJA A LONGO PRAZO ,VISANDO PRINCIPALMENTE A MANUTENÇÃOE A UTILIZAÇÃO DESREGRADA DA CIDADE ,SE TAMBÉM A PREFEITURA DEIXA A DESEJAR POR NÃO TER UM PLANO PILOTO,PARA A INFRAESTRUTURA AMBIENTAL,E PELO ANDAMENTO DA DESTRIÇÃO NATURAL DO LOCAL,A AVENIDA BEIRA RIO LOGO DEIXARÁ DE EXISTIR ,É LAMENTÁVEL......É TBM NECESSÁRIO UM LOCAL APROPRIADO PARA EVENTOS NA CIDADE E O QUE NÃO CAUSA GRANDES GASTOS MAS SIM BOA VONTADE MAS ENFIM POLITICO´É IGUAL EM TODO CANTO.
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