Será o primeiro Festival de Cinema realizado em Visconde do Rio
Branco e contará com filmes produzidos por rio-branquenses natos de todas as
gerações. Alguns iniciantes, que mostram o seu talento no círculo de nossa
região, como Luciano Benhame, Jorge Luiz da Silva(Jor-Som), Antônio Pinto Neto
e Jacynto Batalha; outros consagrados, com produções reconhecidas pela crítica
nacional e internacional, como o próprio Geraldo Santos Pereira, José Augusto
Muleta(nome artístico de José Augusto Costa Henriques) e Erick Leite.
Tudo começará na segunda-feira, 23, e terminará no sábado,
28.
De segunda a sexta-feira, as sessões acontecerão no Auditório
Jotta Barroso, situado à Av. São João Batista – Água Limpa, no prédio
remodelado onde funcionou por muito
tempo o Instituto Brasileiro do Café(IBC). Nessa Avenida, nasceu o astro maior
do Festival, Geraldo Santos Pereira, e seu irmão gêmeo Renato. Ambos cineastas,
cujas obras giraram em torno do Barroco Mineiro e do Ciclo do Ouro.
Av. São João Batista: Auditório Jotta Barroso
Uma curiosidade: Geraldo e Renato tinham o prenome de José(José
Geraldo e José Renato) que formavam um nome composto, com o José em comum. Não se sabe se vem de família o desuso da
primeira palavra, ou se fora uma conveniência artística por questão de
sonoridade ou para fazer distinção um do outro.
Há quem recorra a pseudônimo, no meio artístico. Depois de
consagrado, passa a ser sua forma de identificação para o público. É a situação da cantora Dalva de Oliveira,
cujo nome de batismo era Vicentina Paula de Oliveira.
Programação do Festival
No Auditório Jotta Barroso, as sessões começarão sempre às 20 horas(oito da noite).
A Professora Maria de Lourdes Torres, Secretária Municipal da Educação, fará a abertura oficial do Festival, na segunda-feira, 23.
Professora Maria de Loures Torres, entre Mara de Brito e Dona Theresinha. À esquerda, Geraldo Santos Pereira
Em seguida, Luciano Benhame apresentará seu filme “Escandalosas”; e Jorge Luiz da Silva(Jor-Som), exibirá “Saudades do Jeca”.
Na terça-feira, 24, José Augusto Muleta, mostrará aos
expectadores o seu curta metragem “A Banda”; Logo depois, Jacynto Batalha
apresentará o documentário rio-branquense “Um Passeio no Tempo.
Franklin Ferreira Netto abordará a nossa música regional, com citações de memória da música nacional.
Franklin Ferreira Netto abordará a nossa música regional, com citações de memória da música nacional.
Na Quarta-feira, 25, será a vez do filme “O Seminarista”, drama
de autoria de Geraldo Santos Pereira.
O escritor e professor de Viçosa, José de Anchieta de Assis
Rocha, falará sobre a figura de Geraldo Santos Pereira.
Escritor José de Anchieta e equipe da Café Pingado Filmes
Na quinta-feira, 26, também de Geraldo Santos Pereira, será exibido o filme “Rebelião em Vila Rica”, um drama que mescla o grito de rebeldia dos jovens em épocas diferentes.
A Professora Theresinha de Almeida Pinto falará sobre o Cinema
Brasil.
Na última noite de sessão no Auditório Jotta Barroso,
sexta-feira, 27, será apresentado um documentário de autoria do escritor
Antônio Pinto Neto, sobre o ator que dá nome àquela casa de espetáculos:> “Jotta
Barroso-Vida e Arte”, e terá a palestra da Professora Sandra Cristina Medeiros,
que defendeu tese sobre a vida desse
artista.
Jotta Barroso. Imagem: Maria Helena Saraiva Rodrigues
Já a última noite do Festival, sábado, 28, acontecerá ao ar
livre, em praça pública, com telão instalado em frente ao Cinema Brasil,
cadeiras espalhadas na pista interditada, paralela ao balaústre, e em parte do jardim. É o ponto alto do evento. O filme EU É
GERALDO, conta a vida do cineasta Geraldo Santos Pereira, nascido em Visconde
do Rio Branco, na Água Limpa e que ainda criança deixou sua terra para estudar.
E descobriu no cinema o seu destino, a sua paixão, juntamente com o irmão
Renato.
Cine Brasil
Esquina do telão. Trecho de Rua para expectadores
O jovem produtor Erick Leite, da Café Pingado Filmes, empolgou-se
com a emocionante trajetória de Geraldo, nos seus estudos em Paris, nas suas
amizades com personalidades de renome internacional como Ivo PItanguy,
Juscelino Kubistchek, Edith Piaf, Ary Barroso, Carlos Drumond de Andrade. E,
sobretudo com a qualidade de seu trabalho, na produção do primeiro filme
brasileiro a cores, “Rebelião em Vila Rica”, que faz parte desta programação,
além do foco intenso no Barroco Mineiro.
O “Aleijadinho” é o maior expoente desse foco.
Erick Leite e Cris Moreira
Erick sentiu a grande contribuição de Geraldo para a cultura
nacional e, especialmente para o cinema. E estranhava o pouco interesse dos cinéfilos
e até dos estudantes da Sétima Arte por essa figura que empenhou a vida nesse
sonho, nessa paixão, da qual fez um destino.
Quando Erick começou a buscar a história de Gerado, o artista
estava acometido pelo mal de Alzheimer.
O que fazer? Como saber de sua biografia?
Não teve outro caminho senão percorrer o seu itinerário a partir
do berço, através de contato com pessoas e lugares de sua convivência. Precisou realizar cara e trabalhosa pesquisa:
viagens por todo o Brasil e no exterior, Paris, a fonte de seus estudos, de
muitas convivências e alguns amigos. Um
verdadeiro resgate de memória, uma memória importante para os estudantes e a
cultura nacional.
Elenco de Geraldo, amigos de Geraldo, conhecidos de Geraldo. Quem é Geraldo, foi a busca de Erick.
Carlos Vareza
Ivo Pitanguy
Geraldo e Margareth(Guidoval-2005).
O próprio Erick vai fazer uma palestra nessa noite que, com
certeza, será memorável.
Muita emoção está para acontecer. E já está acontecendo. Desde o anúncio desse Festival, a cidade vai
descobrindo quanto rio-branquense está
envolvido no mundo do cinema e que “ninguém sabia”.
Este Festival será um marco em nossa história cultural. A partir dele, as atenções vão se voltar para
seus próprios valores. Tudo caminha para
o Festival de Cinema Geraldo Santos Pereira vir a se tornar um evento oficial
para acontecer todo ano. Os valores que surgem estão cada vez mais se revelando
para dar suporte a essa continuidade.
José Agusto Muleta com Luciano Huck
O produtor Erick Leite já tem planos para filmar a vida de Guido
Marlière, o grande sonho de Geraldo. Estará mostrando em mais uma oportunidade
que a vida é curta e a arte é longa. E a
caminhada tem que ser eterna.
Du, Busco de Guido, Geraldo e Zé Luiz
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