Campanha eleitoral movimenta redes virtuais em Visconde do Rio Branco

A liberação para as campanhas eleitorais deste ano movimenta as redes virtuais da Internet.  O cidadão na rua manifesta pouco interesse, pouco entusiasmo, com o processo sucessório a ser decidido no dia 07 de outubro.

São os internautas que se movimentam. Cada qual no seu grupo com símbolos e cores definidos aproveita para fazer a propaganda de seus candidatos algumas vezes de maneira exacerbada, chegam ao destempero ao se referirem ou dirigirem aos adversários.   De certa maneira, este clima é compreensível nesta época.

O momento é oportuno para o debate e a discussão real sobre a situação do município, se cada qual fizer sério levantamento sobre os problemas e apontar soluções.   O exercício pleno da cidadania contribui para todos participarem e cada um assumir responsabilidade para fazer o que estiver ao seu alcance para evolução do quadro social.

Visconde do Rio Branco, como todo o Brasil, tem problemas comuns em todos os 5.565 municípios. 

Se as discussões acontecerem sem sectarismo, opiniões de adeptos de uns e de outros candidatos poderão contribuir para minorar ou para resolver os problemas do município.  O fanatismo cega a inteligência.

Se os variados grupos agirem com habilidade e bem intencionados, poderá haver um apanhado eclético sobre cada problema, e as soluções serão úteis para toda a sociedade. 

Os candidatos mais hábeis buscam nas opiniões diversificadas os subsídios para seus planos e programas de governo.  Muitas vezes, opiniões de adversários, ou de pessoas mais humildes que nem tenham posição política definida, são mais úteis do que assessores escolhidos a dedo.  A sabedoria está em saber juntar de uns e de outros o que possa compor o melhor conjunto.

Brizola costumava dizer que programa de governo a gente consegue pronto até pelo correio.  De fato, alguns programas padrão existem no mercado feitos por marqueteiros ou agências especializadas, baseados nos anseios comuns das comunidades.   São aqueles feitos de acordo com o que o eleitor deseja ouvir.  Têm fins somente eleitoreiros.   A maneira de proceder de cada candidato, o cumprimento ou não de sua palavra são a melhor forma de avaliar suas qualidades

Cada candidato a administrador da coisa pública precisa ter uma síntese de diretrizes básicas.  Mas a sua aplicabilidade vai depender das situações que vão aparecendo  a partir do resultado eleitoral e durante a execução do mandato.  As diretrizes terão que ser ajustadas a cada momento e a cada situação imprevista.

Quando um candidato é eleito para chefe do Executivo Municipal, não tem carta branca para praticar o que deseja. Além de estar sujeito às limitações legais, existem as questões políticas específicas, como conseguir maioria no legislativo, para ter confiança de que seus projetos serão aprovados.

É prudente os adeptos das correntes políticas diferentes trabalharem para seus candidatos, defenderem suas convicções, sem, entretanto desrespeitar os adversários.  Somente a falta de sensatez leva a disputada a causar inimizades.  

Passadas as eleições, todos continuam  rio-branquenses, vão frequentar os mesmos lugares, cruzarem-se nas calçadas e permanecerem vizinhos.   E, depois da posse dos eleitos, todos vão ter que pagar impostos para serem administrados pelo administrador comum.  Do mesmo modo, terão direito aos serviços públicos realizados por quem tenha recebido a maioria dos votos.  Deveres e direitos serão comuns aos que agora se digladiam por seus candidatos.  Serem adversários, concorrentes é natural.  Inimigos, jamais!   

E existe a principal questão a ser considerada: os políticos de carreira, adversários de hoje, poderão ser aliados amanhã.  Muitas vezes eles lutam de forma corporativista, para manter o quadro sócio-econômico do jeito que está.  O povo tem que continuar dependente, para segurança do status vigente.

Tem sido muito comum, quando surge um candidato determinado a libertar o povo através da educação e da distribuição de renda, os aparentes adversários se unem para liquidá-lo.  E a disputa continua com o mesmo efeito de jogar uma prata para cima e resolver no “cara ou coroa”.         

(Franklin Netto -  viscondedoriobrancominasgerias@gmail.com)